O rapaz do rio
"Ele ficou ali, sem se mover, mesmo à beira da catarata, com a água a correr pelas suas pernas tão rapidamente que ela pensou que o arrastaria consigo. Mas ele estava imóvel como uma rocha, olhando para a frente, para o seu destino distante. Em seguida, sem falar com ela e sem olhar para ela, mergulhou.
Ela deixou cair o queixo e observou; e, nesse momento, viu cristalizada a simetria perfeita do rapaz do rio ao deslocar-se no ar, uma criatura bela e graciosa, em parte peixe, em parte pássaro, em parte humano, em parte outra coisa: algo que ela não conseguia definir mas que o definia, uma parte que ele não partilhara com ela...
Pouco depois, tinha desaparecido."
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