Tuesday, May 02, 2006

Os três porquinhos...

Ando na corda bamba. Entre escalas de música, salto no trapézio e vejo o mundo por entre paredes de cristal. Elevo-me pela literatura e viajo por terras fantásticas e vidas paralelas. Olho o rio. E enquanto aquela última nota ainda ressoa nas traves da casa, as palmas chegam. Muitas. Cheias de vida. E, mesmo estando na minha casa sólida que me protege, e mesmo sabendo que não são para mim, sinto a sua força. A casa não me isola. Posso libertar-me pela sabedoria e observar a vida, senti-la ao meu lado. A alegria que vem da arte é infinita. Qualquer que seja a arte. Lá fora, há já crianças com dores no pescoço de tanto olhar para cima. Vêem os meus movimentos alados. E mesmo receando que a qualquer momento vá saltar para o rio, olham avidamente. A música faz-me sentir grande e quando toco, sou eu bailando pelos ares, e sou eu rodeada de mundos maravilhosos que alguém escreveu. A madeira nas paredes, sempre diferente, sempre orgânica, põe-me no meio da natureza. E eu estou de facto no meio da natureza. Em cima do rio, com uma ravina às costas, olhando as colinas do outro lado e espreitando o mar.


Acho que já sou um porquinho... não? Ai Ginjal, Ginjal...

2 Alvitres:

às 12:04 AM, Blogger Jane alvitrou...

assim ate eu kero ser um porkinho.. :P

ta mt giro.. mt inspirado... decididamente ja ÉS um porkinho.. (e isto é um elogio.. :P)

JCH

ps - assim os outros porkinhos n ficam com inveja??

 
às 12:05 AM, Blogger Margarida alvitrou...

gostei do texto. devias incluir isso no teu trabalho. o malhado ia gostar (se por acaso chegasse a le-lo) *

 

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