Friday, December 21, 2007

White Christmas

I'm dreaming of a white Christmas
Just like the ones I used to know
Where the treetops glisten, and children listen
To hear sleigh bells in the snow

I'm dreaming of a white Christmas
With every Christmas card I write
May your days be merry and bright
And may all your Christmases be white

Monday, December 03, 2007

Moi

Tenho pânico de cambalhotas para trás, mas fazia mortais no trampolim.
Basta olhar para uma bicicleta e desequilibro-me logo, mas na trave girava, saltava e ficava o tempo que fosse preciso.
Tinha boas notas mas não estudava.
Nunca fui capaz de dar um mergulho de jeito, mas sempre nadei bem depressa.
Quando era bem novinha ouvia Nat King Cole, Onda Choque, Sérgio Godinho, Ministars e Simon & Garfunkel; a todos dava importância e de todos conhecia as letras.
Sempre achei divertido tentar distinguir as Quatro Estações de Vivaldi.
Quando toda a gente tinha daquelas mochilas de rodinhas, a minha era redonda, preta e com um enorme "smile" em amarelo.
Todos os meus fatos de Carnaval eram giríssimos, mas nunca foram comprados e nunca me mascarei de princesa.
Nas Tartarugas Ninja, eu queria ser o Donatelo. Nunca conheci mais ninguém.
Sabia o início dos Lusíadas de cor, porque achava que devia saber.
Sou capaz de vestir sainha, sapato balletzinho e tudo coquette; no dia a seguir, ténis vermelhos gigantes tipo pantufa.
Gosto de resolver quebra-cabeças, palavras-cruzadas e exercícios de matemática.
Para mim, o roxo pode ser uma cor neutra.
Sei todas as notas do Hino da Alegria, mas quando tocava piano, nunca fui capaz de tocar de cor.
Aprendi inglês a ouvir música e a ver filmes. Aprendi a ler por ter ciúmes da minha irmã.
Devoro livros, mas os meus preferidos ninguém conhece e não sou capaz de ler Paulo Coelho; não me interessa que toda a gente o ache o máximo.
O meu cheiro preferido é o cheiro a lareira na rua, numa noite fria depois de ter chovido.

Nunca ninguém me conseguiu perceber muito bem.
Será que sou complicada?