Friday, February 29, 2008

Porquê o nome?

Porque, porque...
....

Give me a moment and (insert blog name here) ...

...
Sim...

Saturday, February 23, 2008

A segunda vez das coisas. Os segundos anos da vida.

Burburinho... É só o que consigo ouvir.
Vou avançando e consigo já distinguir algumas conversas. As vozes não me dizem nada. Não as conheço. Fazer isto outra vez vai ser muito mais difícil. Se ao menos... Não. Não há ses. Vai ter de ser e o que tem de ser tem muita força. Pensar positivo, vou ser pró-activa. - “Boa-Tarde” – Não teve grande efeito. Algumas cabeças viraram, outras nem por isso. Mas a grande maioria foi apenas para reconhecer que não me conheciam e regressar à forma anterior. Hum. Bolas. Pronto, não desistir. O que é que me disseram? – “Não sejas tótó, não te isoles, fala com eles!” - Não me posso encolher como de costume. Voltar à carga. – “É aqui a aula x da turma y? - Comunicação, contacto visual, sorriso optimista. – “É” – Que vontade incrível de voltar à conversa anterior. Bem, daqui a bocado tento outra vez. Lugar, lugar, lugar... Lá ao fundo. Está bem, pode ser. Pouso as coisas. Sento-me. Levanto a cabeça. A minha passagem propositada pelo meio da sala foi praticamente indetectável. Ainda deve faltar um bocadinho para o professor chegar. Abro o livro. Espero. Um bocadinho depois, chega. Arrumar tudo. – “Então, quem é que vocês são? Apresentem-se!” – Toda a gente fala: eu era da turma tal como eles, e tive este, este ou este professor. Nem sequer conheço os professores, são todos diferentes. Mas eles todos se conhecem. Chega a minha vez. – “Olá. Eu vou repetir a disciplina.”

Burburinho... É só o que consigo ouvir.
A bancada treme de antecipação. A bola chega ao pé de mim e baixo-me para lhe pegar. Calma. É só mais um ponto. Já fizeste três de seguida. Vou até à linha final. Continuo a andar. Mais umas três passadas e meia para a bola não ir para fora. Viro-me para o banco. Vejo o sinal. – “Põe na oito” - Claro, já sabia. Já lhe tinha posto duas em cima e ela está agora cheia de medo que eu sirva para lá outra vez. Respira fundo. Driblar um bocadinho para soltar o braço. Pé esquerdo à frente. As equipas estão prontas. O árbitro apita. Levantar o braço esquerdo. A bola segura à frente com o pipo para baixo. Tem de girar direitinha e não pode ir descontrolada. Oito segundos. Não pode ser cedo demais. Tem de ser certeira. Se a mão bater torta, a bola vai para fora. É mesmo à risca, mas são estas que eu gosto de servir, e treinei tantas vezes. Braço direito pronto. A bola sobe. Agora é que é. As claques gritam, o treinador delas também. – “Cheguem atrás! Vai longa!” - Todos os olhos estão na bola. Mas já bloqueei. Continua a subir e estico o braço atrás a dar balanço. Quando para no ar, pronta a descer outra vez, acerto-lhe. Mão aberta para controlar. Mesmo em cheio, esta vai com força. Logo que bate, travo o braço, para fazer o efeito. A bola sai disparada em arco. Passa o nosso campo, a rede. Do nosso lado começamos já as trocas: a passadora para a saída, eu vou para o meio. Passa pela oito, sim, estás outra vez demasiado para a frente. Mas achas que vai fora? Não, olha outra vez. Sim, a bola foi enrolada. Vai cair mesmo atrás de ti, corre. A bola deixa o arco e cai a direito. Quase, quase, não chegas, não chegas. Mesmo antes da linha. Toda a gente se levanta e sou abalroada. No nosso segundo ano finalmente conseguimos. Festejamos aos pulos. “Somos campeãs! Ganhámos!”



Tão facilmente pode tombar para um lado ou para outro.
A segunda vez das coisas, não é mais do que outra vez...

Sunday, February 17, 2008

Acordai !

Acordai!
Acordai, homens que dormis a embalar a dor,
A embalar a dor dos silêncios vis!
Vinde no clamor das almas viris,
Arrancar a flor que dorme na raiz!

Acordai!
Acordai, raios e tufões que dormis no ar,
Que dormis no ar e nas multidões!
Vinde incendiar de astros e canções,
As pedras e o mar, o mundo e os corações...

Acordai!
Acendei, de almas e de sóis, este mar sem cais,
Este mar sem cais, nem luz de faróis!
E acordai, depois das lutas finais,
Os nossos heróis que dormem nos covais!

Acordai!!


(Uma verdadeira chamada às armas...Adoro...)


Música: Fernando Lopes Graça
Letra: José Gomes Ferreira

Friday, February 15, 2008

Oh, I remember exactly what we did at the look out.
We just looked out
across the city from our little spot on the hilltop.
Oh, It is so pretty from way up there.
We talked about how the lights from the buildings and cars
seemed like reflections of the stars
that shined out so pretty and bright,
that night...

The Flight of the Conchords
(Tirar do contexto funciona para os dois lados...)

Monday, February 04, 2008

Passa uma Borboleta

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Alberto Caeiro